Os projetos nesta linha se destacam nacionalmente e internacionalmente por sua produção intelectual. Ainda que tenham o Brasil como principal objeto de estudo, buscam sempre que pertinente a perspectiva comparativa. Essa ênfase comparativa apresenta-se como uma das características marcantes da formação pós-graduada pretendida pelo DCP-USP.
Um primeiro grupo de projetos volta-se para a análise das instituições, comportamento e processos que caracterizam a política contemporânea, com ênfase nos três poderes e suas relações recíprocas, no federalismo, nos partidos e sistemas partidários. A repercussão da discussão sobre o presidencialismo de coalizão ultrapassou o debate sobre o funcionamento do legislativo e executivo no Brasil e levou a uma revisão do debate sobre a dinâmica de governo em regimes presidencialistas e parlamentaristas. Outro projeto foca nos temas da judicialização da política e da politização da justiça, com desdobramentos em diferentes direções. Analisam-se instituições de controle vertical como a Polícia Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, mas também a relação entre a Constituição, os seus intérpretes no poder judiciário e as iniciativas para alterá-la por meio do Congresso.
Um segundo grupo focaliza as instituições e processos sociais que influem no funcionamento, estabilidade e qualidade do sistema democrático. Neste contexto analisa a relação entre atitudes, comportamentos e percepções dos públicos de massa e das elites políticas com os processos de democratização e, em especial, com a expansão dos direitos de cidadania, o estabelecimento do primado da lei e a consolidação de instituições democráticas. Desenvolvem-se aqui estudos sobre movimentos sociais, grupos de interesses, cidadania.
Por fim, mais recentemente, esta linha de pesquisa inovou o debate na ciência política ao destinar maior atenção para a análise das instituições política antes de 1988, com particular atenção para o período democrático de 1945 e o que o antecede (Primeira e Segunda República). Apesar de recente, as pesquisas já produziram resultados importantes em termos de publicações (livros e artigos) e parcerias com instituições públicas, destacando-se colaborações com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Esta linha conta com 7 professores: Bruno Speck, Fernando Limongi, Glauco Silva, Josè Alvaro Moises, Paolo Ricci, Rogerio Arantes, Wagner Mancuso